Pai,
Toma minhas mãos, que são parte da obra que
Tu assinaste: eu mesmo.
Olha as linhas que são os traços do meu destino
e reforma-as na medida do meu merecimento.
Olha minhas digitais que indicam não haver ninguém
igual a mim, o que prova a Tua originalidade...
...examina-as e julga os crimes que porventura
eu tenha cometido.
Toma minhas mãos, que são parte da obra que
Tu assinaste: eu mesmo.
Olha as linhas que são os traços do meu destino
e reforma-as na medida do meu merecimento.
Olha minhas digitais que indicam não haver ninguém
igual a mim, o que prova a Tua originalidade...
...examina-as e julga os crimes que porventura
eu tenha cometido.
Pai,
Vê nas minhas mãos o histórico das minhas doações
e até que ponto elas foram válidas.
Vê também o histórico de tudo o que recebi e julga
se sou suficientemente grato.
Pai,
Nas minhas mãos estão as marcas dos serviços
prestados... vê se trabalhei e tenho trabalhado
da forma que Tu aprovas.
Vê quantos foram os toques de afeto e de agressão
e apresenta-me o saldo.
Julga as palavras escritas em meu diário
Pai,
Vê os apertos de mãos que já dei, os acenos de adeus
e os sinais de 'sim' e de 'não'.
Estão sob Teu juízo minha honestidade
e minhas dores.
Pai,
Toma minhas mãos...
Sente como se através delas o meu coração falasse.
Diz se posso olhar-Te nos olhos
ou com elas esconder a minha face.
Amém!
Autor ( Sílvia Schmidt )
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